quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Um lugar qualquer.

  Eu andei por ai, sem rumo, sem saber para onde ir, virando em casa esquina, vendo milhares de rostos e mesmo assim não ficando feliz com isso. Andei por ruas que nunca imaginei ir, e me vi sozinha, quando me toquei sobre isso entrei em pânico, não sabia o que fazer, o que pensar, como agir, então, sai correndo, sem rumo novamente, cheguei ao um ponto que não conseguia mais respirar de tanto correr, então parei.

Olhei ao redor e enfim, percebi aonde eu estava, eu estava muito perto de casa, mas aquilo não era o meu principal pensamento, aquele era o lugar em que eu tive certeza que eu queria você. Fechei os olhos e revivi tudo, lágrimas rolaram no meu rosto mas isso não me incomodou, eu continuei no mesmo lugar, com os olhos fechados, chorando igual uma criança.

 As lágrimas acabaram, então, me sentei na calçada em que agente passou e me agarrei em lembranças que eu nunca quis e nunca vou esquecer. Tudo estava calmo, como eu sempre quis, como sempre gostei.

Um casal passou do outro lado da rua, eles olharam para mim com curiosidade e preocupação, eu dei um leve sorriso então levantei e fui andando, senti meu celular tocar, vi que tinha chamadas perdidas da minha mãe e do meu pai, não fiz questão de ligar, já estava perto de casa mesmo, para que ligar?

Andei o mais devagar possível e quando cheguei em casa ainda estava com os olhos vermelhos, então, não fiz barulho nem nada, corri para o banheiro e liguei o chuveiro, tomei um banho longo e quente, pensei em tudo que eu havia sentido horas atrás e quis chorar novamente, mas não pude, tive que me controlar.

Avisei para os meus país que eu tinha chegado e que estava com dor de cabeça e por isso iria dormir cedo. Deitei na cama, tentei controlar as lágrimas, mas foi em vão, elas foram mais forte, não tinha mais o que fazer ou pensar, então, prometi para mim mesma que nunca mais iria fazer isso, nunca mais ficaria naquele lugar, nosso lugar. 

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